Achei esse post , que escrevi durante os últimos meses de vida de meu pai no hospital, pertinentes para o Natal. Para mim, mais do que um significado religioso, é uma data que me remete a união familiar e de amigos queridos.

Que vocês tenham um Natal maravilhoso e abracem muito as pessoas que te amam incondicionalmente.

Tem uma coisa que quando a gente faz quarenta anos, é muito provável que aconteça contigo. Está acontecendo comigo, com várias de minhas amigas.

Quando se segue o curso natural da vida, seus pais vão ficando velhinhos.

Mesmo que ainda sejamos sortudas pois a vida não se encarregou de tirá-los de nós mais cedo, quando estamos nos nossos quarenta anos, é muito provável que nossos pais comecem o ciclo natural da vida que é envelhecer, e rumar para a terceira idade.

No caso dos meus pais, eles tiveram um 50, 60 e 70 anos relativamente tranquilos, exceto alguns sustos (um atropelamento ali, uma ameaça de AVC ali).

Quando meu pai fez 80 anos, e minha mãe passou dos 70, aí é que o bicho pegou.

De 2020 a 2022 presenciamos inúmeras internações, uma descoberta de um câncer muito ruim e agressivo, colocada de marcapasso, cirurgias.

Não vou mentir. Não é um momento gostoso de nossas vidas. Para mim, está sendo muito triste. Choro muitas vezes ao dia. Não tem como se desligar.

Nosso pais voltam a serem a criança que fomos quando dependíamos unicamente de nossos pais. Eles não raciocinam como um adulto. Dormem mal durante a noite e cochilam o dia inteiro, pois o corpo está exausto, de anos de vida e das doenças acumuladas. Precisam de ajuda para ir ao banheiro e para se alimentar. Quedas são perigosas, então precisamos estar vigilantes o tempo todo. Quando eles dão um lampejo de conversa, de atenção plena lúcida, é a maior emoção do mundo, e queremos congelar aquele momento para o sempre.

Admito que gostaria de ser eternamente a criança provida, a que depende, a assistida.

Quando se inverte os papéis, nos damos conta que a vida é finita, e cíclica. Como no filme “o curioso caso de Benjamim Button”,  voltamos a chorar por nada, a não raciocionar, a não controlar nosso xixi, a sermos dependentes de outros.

A gente não pede por este momento quando temos que ser os pais de nossos pais, mas quando ele vem, você apenas rema conforme a correnteza.

Não gosto do termo guerreira, sofredora.

Estamos aqui para o que der e vier, e o ciclo natural da vida está seguindo seu curso. Nossos pais estão indo embora.

Dica inestimável de quem tem 40 anos: abrace seus pais, converse com eles, tenha momentos de felicidade. Quando eles estão no leito do hospital, tudo que você vai querer é ter momentos como esse.

Quando se segue o curso natural da vida, seus pais vão ficando velhinhos.

Mesmo que ainda sejamos sortudas pois a vida não se encarregou de tirá-los de nós mais cedo, quando estamos nos nossos quarenta anos, é muito provável que nossos pais comecem o ciclo natural da vida que é envelhecer, e rumar para a terceira idade.

No caso dos meus pais, eles tiveram um 50, 60 e 70 anos relativamente tranquilos, exceto alguns sustos (um atropelamento ali, uma ameaça de AVC ali).

Quando meu pai fez 80 anos, e minha mãe passou dos 70, aí é que o bicho pegou.

De 2020 a 2022 presenciamos inúmeras internações, uma descoberta de um câncer muito ruim e agressivo, colocada de marcapasso, cirurgias.

Não vou mentir. Não é um momento gostoso de nossas vidas. Para mim, está sendo muito triste. Choro muitas vezes ao dia. Não tem como se desligar.

Nosso pai volta a ser a criança que fomos quando dependíamos unicamente de nossos pais. Ele não raciocina como um adulto. Dorme mal durante a noite e cochila o dia inteiro. Precisa de ajuda para ir ao banheiro e para se alimentar. Quedas são perigosas, então precisamos estar vigilantes o tempo todo. Quando ele dá um lampejo de conversa, de atenção, é a maior emoção do mundo, e queremos congelar aquele momento para o sempre.

Admito que gostaria de ser eternamente a criança provida, a que depende, a assistida.

Quando se inverte os papéis, nos damos conta que a vida é finita, e cíclica. Como no filme “o curioso caso de Benjamim Button”,  voltamos a chorar por nada, a não raciocionar, a não controlar nosso xixi, a sermos dependentes de outros.

A gente não pede por este momento quando temos que ser os pais de nossos pais, mas quando ele vem, você apenas rema conforme a correnteza.

Não gosto do termo guerreira, sofredora.

Estamos aqui para o que der e vier, e o ciclo natural da vida está seguindo seu curso. Nossos pais estão indo embora.

Dica inestimável de quem tem 40 anos: abrace seus pais, converse com eles, tenha momentos de felicidade. Quando eles estão no leito do hospital, tudo que você vai querer é ter momentos como esse.