new friends

Até os meus 22 anos, sempre fui uma pessoa mais reclusa. Tinha um pouco de fobia social, de ter que me relacionar com pessoas que não conhecia. O fato de ter que ir para um evento e cumprimentar pessoas, bater papo com clientes já me desanimava. Minha vontade era sempre arranjar uma desculpa e cancelar o evento.

Depois disso, minha fase de “ermitona” começou a se dissipar, principalmente por conta das novas amizades que comecei a fazer. Minhas amigas mais antigas, da época do colegial, começaram a casar e eu sobrei.

 

E amigo é para sempre, mas a gente sabe que quando a mulherada casa, vamos nos falar no máximo 1 vez por mês e olhe lá. Das 6 amizades, que costumava ver todo final de semana e planejar viagens de ano novo, viraram amizades para sempre, mas não para o dia a dia, porque todas casaram, e 2 estão morando na Europa

 

Comecei um novo ciclo de amizades, e experenciada pelo ‘abandono” do antigo grupo, me dediquei a ter mais de um grupo da zona de conforto: ou seja, não apenas uma, mas algumas turmas onde eu possa sair aos finais de semana, ter happy hours, possibilidades de viagens e comemorações de ano novo, cursos juntos.

 

Tem aquelas frases feitas de facebuko dizendo que amigo de verdade é para sempre e concordo. Mas eu ainda preciso de companhia boa para as festas, os finais de ano, as viagens inesperadas, os almoços de sábado.

 

Claro que você acaba sempre focando em uma turma mais disponível, e ela vira sua turma de quase todo final de semana.Mas hoje eu tento sempre fazer novos amigos. Não quer dizer que não estou satisfeita com a minha turma. Mas encaro os eventos como oportunidade de fazer grandes novos amigos, vou na academia com sorriso no rosto e se alguém puxa papo comigo, faço o maior esforço para continuar a conversa.

 

Com esta nova atitude, tenho muitos mais contatos. Alguns novos amigos, que creio, serão meus para sempre. E muita experiência de vida.

 

Eu sou uma pessoa mais otimista que pessimista. Acredito que a raça humana é feita de mais pessoas que querem o bem do que aquelas que propagam o mal. Às vezes, a gente, eu, encontro algum estrupício do mal que é melhor se livrar logo. Mas mesmo estes a gente tira alguma experiência positiva, e nos faz crescer como pessoas, como seres humanos.

 

Por isso, digo às pessoas: se esforcem para se comunicar com as pessoas, mais do que você se esforça hoje. Toda pessoa é uma janela de oportunidades, para você mudar um pouco ou muito da sua vida. Ás vezes, elas lhe trarão experiências dolorosas e decepção, mas sempre um ganho. Sorriam. Continuem um papo começado. Troquem e-mails. Troquem mensagens. Sejam os primeiros a iniciar um contato. A vida é curta, vale lembrar, viu?

 

Agora me vejo com 40 anos, e muito mais desinibida para iniciar conversas e continuar o contato do que com 20 ou 30 anos. Acho que tenho mais auto-estima para não ficar envergonhada de ser taxada como “desesperada”,”carente”, e por aí vai.

A gente com 20 ou 30 anos era meio besta, sabe? Eu pelo menos tinha muito mimimi e muita vergoinha de ficar correndo atrás das pessoas.

 

Se hoje vou numa festa sozinha, puxo papo com a primeira pessoa que me der oi na mesa. Se vou num evento, tento não ficar grudada só no meu grupo. Tento sempre puxar alguém para a conversa. Disso, já vieram amigas de passagens, amigas para toda a vida, e até contatos profissionais.

 

Também nosso repertório de conversa está mais longo, então automaticamente nossa auto estima para falar com pessoas novas aumenta.

E apesar de você estar mais aberta para fazer novos amigos, sua mente está mais calejada para selecionar aqueles que merecem ser seus amigos de verdade.

É isso aí, gente. Mais uma vantagem dos meus 40 anos: desenvolver a capacidade de conhecer novas pessoas.