Por conta do destino , mais especificadamente por uma economia com uma passagem mais barata, minha viagem ao Taiti em 2018 ganhou um upgrade com 3 dias em Auckland, na Nova Zelândia.

Para ser honesta, nunca tive muito interesse de conhecer a Nova Zelândia, mais famosa por suas paisagens bucólicas na triologia “O Senhor dos Anéis”.  Mas com uma economia de mais de 1500 reais por pessoa, optamos por fazer a volta do Taiti via Auckland em vez de ir para Ilha de Páscoa ( demoramos mais umas boas 4 hs, fora a escala).

Fechamos nosso apart hotel pelo Booking, por um ótimo preço (cerca de 200 reais por dia) e vale aqui uma dica: Auckland tem vários hotéis de cadeia internacional como Ibis e Marriott. Mas por uma fração do preço, você fica em ótimos apart hotéis, com serviço diário de limpeza, bem no burburinho do centro da cidade.

Claro que você não tem um hall imponente (a entrada do nosso apart hotel onde pegamos a chave era uma lojinha muito simples), e há o inconveniente de não ter chaves extras, o que foi um aborrecimento já que estava viajando com minha mãe.  Também não tinha opção de café da manhã, mas o bom preço, uma cozinha equipada com todos os itens para fazer todas as refeições, e sendo novinho e limpo , compensou a escolha.
Em suma, Auckland é compacta e reflete bem a Nova Zelândia: apesar de ser a cidade mais populosa do país, tem jeito de cidade do interior, com clima eterno de happy hour e ainda assim, bem cosmopolita. Assim como sua “vizinha” Austrália, há uma presença maciça de orientais, seja nas lojas e nos restaurantes japoneses, chineses, tailandeses…

Eu adorei a cidade “de brinde” de nossa viagem milionária ao Taiti, que explanarei em outro post: moderna, segura e cosmopolita. Apesar de ter muitos pedintes  e moradores de rua, você pode voltar 3 horas da madruga do cassino que ninguém vai te importunar, a não ser alguns adolescentes de  intercambio  bêbados.

Fora das ruas principais, Auckland tem cara de uma cidade do interior bem aprazível e com gente simpática por todos os lados, assim como seus parques lindos.

Alimentação tem para todos os gostos, desde os junk foods americanos como Burguer King e Dunkin Donuts até inúmeras opções de comidas asiáticas.

Fizemos o centrinho da cidade em uma tarde, e pegamos as embarcações que eram do lado do nosso apart hotel para ir até as ilhas, a mais famosa delas é a Waiheke, repleta de vinícolas e restaurantes charmosos, além de belas praias. Daria para passar fácil uma semana lá.

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Auckland é o tipo de cidade que eu chamo de delícia: não há templos exuberantes, catedrais imponentes nem pontos turísticos que não precisam de legendas. Não há super pontos instagramáveis nem lista do trip advisor a ser tickada.

Mas em 3 dias eu me senti morando na cidade: já tinha minha rotina de ir no supermercado da esquina para comprar o café da manhã, tomar na varandinha no meu apart hotel, procurar algum passeio bacana, comer algum porcarito americano que admito, adoro, procurar algum restaurante japonês com comidinhas caseiras, ficar com vontade de ir em um bar de happy hour com gente linda, e por aí vai.

Aliás, ao contrário de todas as grandes capitais, Auckland não tem nenhum mercado “orgânico, vegano” de modinha: quase todos seus produtos (inclusive de supermercados de rede) são orgânicos, o que elimina a necessidade de um estabelecimento específico. Era uma delícia ir toda manhã (tá, admito que a noite também) e ficar olhando rótulos de comidas sem nenhum edulcorante ou conservante, queijos fresquinhos, frutas diferentes.

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Como estava com minha mãe, que tem 75 anos, não pesquisamos os passeios mais aventureiros, mas se tivesse mais dias ou sozinha, certamente faria pelo menos um. Os neozelandeses são super esportistas, e Auckland está repleta de lojas de artigos para prática outdoor.

Fomos em outubro, e a cidade estava com agradáveis 20 graus, com céu limpinho e brisa suave. Como ficamos no centro da cidade,  do lado da Queen Street , o point mais famoso, fizemos praticamente tudo a pé.  Em suma, 3 dias gostosos, tranquilos e perfeitos para finalizar nossa viagem bilionária.

Se eu voltaria para Auckland? Certamente. Pegaria uma passagem promocional e me enfiaria 4 dias em Waiheke para encher a cara nas vinícolas bucólicas e uns 5 dias me embrenhando nos passeios de montanhas. Teria como companhia pessoas simpáticas e solícitas, comida japa mara e barata, e alimentos 100% orgânicos sem pagar 4 x a mais por isso.