miami

Passei um segundo reveillon consecutivo (por uma série de coincidências do destino) em Miami, e por isso me considero uma média expert para dar meus conselhos a vocês, solteiras companheiras.

É bom? Aumenta muito de preço? Tem mocinhos? Quais as melhores festas? Tudo isso e muito mais no resumão a seguir:

FESTA DE ANO NOVO – minha dica: só vá para Miami solteira e no ano novo se você tem um esquemão agendado. Do tipo: conseguiu um AIRBNB mara, tua amiga rica e bondosa te emprestou o apê lá, e principalmente: se você já tem bookado uma festa incrível .

Explico: nas 2 vezes que fui (2018 e 2019) ceiei em 2018 na Espanhola Way, uma rua cheia de restaurantes e bares em South Beach (ruim por sinal), e pagamos cerca de 70 dolares por pessoa, sem bebida. Em 2019, nos limitados a uns rolinhos japas do Wallgreens na praia que admito, foi muito melhor do que aquela ceia milionaria do Espanhola Way.

Ficamos perambulando pela Ocean Drive, lotada, vimos os fogos (meia boca) na praia, entramos em vários hotéis a procura de uma festa com bom custo benefício (Lowews, Shellbourne, Shore Club, One, Setai) e todas, senão milionárias, bem caídas. As festas acabam 2 da manhã com uma porção de casal de meia idade bêbados, e um DJ bem fraquinho. No final, vamos dormir que nem moças de boa família à 1 da manhã morrendo de fome e vontade de encher a cara , já que até as farmácias que geralmente nos salvam como o Wallgreens e CVS são obrigadas a parar de vender bebidas alcoólicas até as 10 hs do dia seguinte.

Concordo que deve ter uma ou outra festa mara, com gente linda, que nunca está no nosso radar. Se você tiver esses contatos e tiver disposição para bancar uns  700 a 1500 dólares no mínimo, vai em frente. Do contrário, vai ficar que nem a gente. Perambulando pelas ruas, procurando por um príncipe e recebendo cantada de um drogadinho em troca, e pensando que com o que vc gastou na passagem dava para ter ficado na melhor pousada em Trancoso se tivesse reservado no meio do ano.

Minha experiência se resumiu basicamente na área de South Beach, que seria em tese a mais animada, mas achei caída mesmo. Várias lojas de souvenires de gosto duvidoso, um povo esquisito andando pela rua (diga se esquisito: caras que parecem mafiosos com correntes enormes de ouro ostentando seus carros batman  com seus pupilos), mas também me arrisquei em outros dias em Downtown  em Brickell e City Centre, e também não vi grandes coisas por lá.

TEM MOCINHOS?

Se você gosta de caras tipo gângster com sua entourage de capangas desfilando nos carros esportivos vá em frente. Mas eu e minha galera particularmente achamos que é como encontrar agulha no palheiro: nada de mocinhos. Se era mocinho, gay (muito comum em Miami meninas, chorem) ou acompanhado.

É CARO?

Na semana do ano novo, os preços triplicam nos hotéis mais chinfrins, e no dia do réveillon, o preço das ceias não saem por menos de 100 dólares o mais bocorongo (a não ser que você se contente com um pedaço de pizza ou o MacDonalds).

Caro pra vida, e ainda mais pagando em dólares.

BALADAS

Fomos em umas 4, e honestamente, podemos passar nossa vida sem elas

Fui no Nikki Beach, na LIV (no hotel Fontainebleau), no Baoli e em alguns Rooftops (do Hotel One e no  Juvia). Fomos nos  bares dos hotéis Setai, W e Delano).

Eu particularmente detestei o LIV. Apesar do lugar lindo, não justifica a truculência dos seguranças (uma amiga minha inclusive foi destratada por um em mais de uma ocasião), não há lugar para sentar, a não ser que você banque um lounge a 2000 dolares  pelo set de bebidas, que aliás já estava completamente reservado pelos gangsteres mirins.  Basicamente você vê um bando de turistas como nós que viemos atraídas por um lugar belo, um bando de casais saidinhos, e os homens feios cercados de meninas lindas de 18 anos em suas microssaias firulando os feios para terem onde repousar seus Jimmys Choos e seus Louboutins.

Os demais? Vale pela experiência, mas não pela paquera. Como vou adiantar: vale se não for um Reveillon. O atendimento do One é fantástico, os drinks do Juvia são super bacanas, os ambientes de todos são mara. Enfim, Miami fora de Reveillon é tudo de bom.

Meu veredicto: Não existe Reveillon como o Brasil. Se for no Nordeste, melhor ainda. 20 mil a zero na caída Miami.