DREAM

Eu vi hoje um vídeo fantástico do canal ViraVolta (de viagens e sabáticos)  sobre como viver o Sonho dos Outros na forma de almejar uma Varanda Gourmet ou um carro SUV. Escrevo aqui minha crônica e espero te inspirar tanto quanto me inspirou.

Este ano comemorei minhas 43 primaveras e em vez de fazer uma festa, viajei para um dos lugares mais lindos, baratos e paradisíacos se não do Brasil, do mundo.  E como de costume, recebi várias mensagens no Facebook e sim, leio todas.  Entre vários parabéns, recebi de pelo menos umas 5 pessoas um “espero que você encontre um grande amor”.

E não são 5 pessoas que te mandaram mensagem por obrigação ou educação, são pessoas extremamente próximas a mim.

Epa! Será que, apesar de me considerar uma solteira feliz e convicta, as pessoas enxergam em mim alguém que está secretamente procurando por um amor e que está incompleta? Ou será que realmente eu quero muito mesmo uma companhia séria para estar a meu lado, e tento me bloquear o tempo todo?

Divaguei sobre essa dúvida a semana inteira. Um dos maiores deleites de morar sozinha é que você tem todo o silêncio de sua casa para pensar nas questões existenciais.

Eu relembrei  o tempo que estive em relacionamento sério ou enrolada com algum amor potencial para casamento.  Foram épocas boas, não tenho más lembranças. Mas não necessariamente me deixaram mais feliz do que estou agora, ou com um fervor para tentar voltar à situação que estava em um relacionamento.

Daí cheguei a uma outra possibilidade: dessas pessoas me desejarem não o meu sonho, mas o sonho delas.  Simplesmente porque são felizes dessa forma nas suas vidas, ou que o relacionamento sério trouxe paz, conforto, porto seguro, paixão e amor próprio. De uma forma genuína, querem  o mesmo para mim o que trouxeram para elas.

Acho que é isso mesmo. Todas essas pessoas foram ou estão muito bem casadas e acreditam piamente que o amor de outra pessoa salva e que você só é completo quando tem a sua cara metade.  Nada de mal nisso, só um carinho genuíno por você e uma torcida honesta pela sua felicidade.

Mas repito o que ouvi num Podcast fantástico: “você tem que ir atrás das coisas que te faz feliz e não necessariamente das coisas que as pessoas vão celebrar por você”.

Eu sei que casar ou ter de novo um relacionamento sério faria muitas pessoas felizes por mim. Por esta “conquista”. Algumas amigas muito queridas. Meu papi. Minha mãe então ia chorar e começar a fazer o álbum de família.

Mas hoje? Isso não se aplica a mim.

Nunca? Não digo nunca a nada.

Vamos dizer hoje minha prioridade e minha felicidade está em viajar. Em conhecer bofes novos. Em ter bons amigos. Em ganhar dinheiro. Amanhã, pode ser que mude. De forma que eu não bloqueio oportunidades novas. Apenas se não vier, estou aproveitando bem a vida como ela é. Não fico choramingando em viagem maravilhosa que não tenho um bofe para postar nas redes sociais. Tem gente que faz e é genuíno da parte delas. Respeito. Mas não é minha dor.

As pessoas me dizem que quando eu conhecer alguém realmente que eu me apaixone, eu vou mudar o meu conceito e tudo fará sentido sobre relacionamento.

Eu sou mais cética: não acredito muito em paixões arrebatadoras.  Não pretendo ter filhos, então  não tenho prazo de validade para me encaixar com alguém. E devo confessar, eu gosto muito de ficar sozinha. Muito mesmo.

Não acredito que a vida só será completa se você tiver alguém ao seu lado sempre. Acredito sim em momentos inesquecíveis compartilhados com pessoas que você ama como família, amigos, amores… Acredito que os laços fortes com pessoas são o pilar de sua existência. Mas depositar em outro ser humano a responsabilidade de se firmar como pessoa, não cola para mim.

Eu aceito o carinho das pessoas, mesmo se for com a mentalidade e experiência delas. Cabe a mim separar o que é sonho delas e o que é sonho meu. Como diz minha parte ogra, eu aceito flores de maior grado. Mas prefiro comida. Beijos no coração.

ARE YOU LIVING YOUR DREAM OR THE DREAMS OF OTHERS?

I watched yesterday a fantastic video about how to Live the Dream of Others instead of yours. Like, you work your whole life for a big apartment or fancy car and lovely Family on Instagram, and you don´t know why you are still miserable even when you reach it.

This year I celebrated my 43 young years and instead of having a party, I traveled with a good friend to one of the most incredible beautiful places not only in Brazil, but in the world. And as usual, I received several messages on Facebook and yes, I read them all.

What it occured is that i received from at least 5 people a “hope you find a great love to call yours”.

And it’s not 5 people who texted you out of obligation or education, this 5 are extremely close to me.

This put me in a cloud of thoughts and mixed feelings: “are they mocking me or throwing in my face what i don´t have?”. Or “even though I consider myself a happy single woman, do people see in me someone who is secretly or desperately looking for a love? Or “do I really really want a serious relationship, and I try to block myself all the time?

I thought about this all week. One of the greatest delights of living alone is that you have all the silence in your home to think about existential issues. Not lonely, just alone.

I remembered the time I was in a serious relationship or with someone potential for marriage. It was good times, I have no bad memories. But they didn’t necessarily make me happier than I am now, or with a fever to try to get back to the situation that was in a relationship before.

Then I came to another possibility: these people want me not my dream, but their dream. Simply because they are happy that way in their lives, or that the serious relationship has brought peace, comfort, safe, passion and self-steem. In a genuine way, they want the same for me what it brought to them.

I think it’s it. All these people have been or are very well married and truly believe that someone else’s love saves you and that you are complete only when you have your better half. No harm in that, just a genuine affection for you and an honest cheer for your happiness.

But I repeat what I heard in a fantastic Podcast: “You have to go after the things that make you happy and not necessarily the things that people will celebrate when you achieve”

I know that getting married or having a serious relationship again would make many people happy for me. For this “conquest”. Some very dear friends. My daddy. My mother would cry instantly and start making a new family album.

But today? This does not apply to me.

Never? I never say never to anything.

Let’s say today my priority and my happiness is in traveling. In new defys and motivations. In having good and close friends. In making money. Tomorrow, it may change. So I don’t block new opportunities. Only if it doesn’t come, I’m enjoying life as it is. I am not whining on a wonderful trip that I do not have a love to post on social networks. There are people who do it and it’s genuine of them. I do respect, but it’s not my pain.

People tell me that when I really meet someone that I fall in love with, I will change my concept and everything will make sense about relationship.

I’m more skeptical: I don’t believe in life changing passions very much. I don’t intend to have children, so I don’t have an expiration date to fit in with someone. And I must confess, I really enjoy being alone. Very much.

I believe life can’t only make sense if you share it with someone. Yes, i believe in unforgettable moments shared with people you love like family, friends, loves … I believe that strong ties with people are the pillar of your existence. But placing responsibility to another human being instead of yourself to bring your meaning of being alive and happy, it doesnt apply to me. Ever.

But…I accept people’s affection and wishes even if it is with their mindset and experience. It is up to me to separate what is their dream and what is my dream. As my Fiona-Self says, I accept flowers. But I prefer food.   Kisses and Hugs my dears.