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Coronaboys – quem são eles? De onde surgiram? Por que voltaram?

Os Coronaboys são uma versão híbrida dos boys mortos vivos  e dos boys fake magia.

Nessa época de pandemia e isolamento mundial, garanto que não teve uma mina que ainda não foi perseguida por essa praga do mundo moderno.

Quem são eles?

Os Coronaboys são aqueles falecidos que você conheceu numa viagem no ano passado, no ano retrasado, há 5 anos atrás. São os casos malsucedidos do Happn, do Tinder, que você ficou esperando (a eternidade) para um encontro que nunca aconteceu. É aquele boy fake magia que você ficou louca por ele, saíram 3 meses e antes de dar os fadados 3 meses de experiência ele sumiu como num passe de mágica.

Vejam bem, estou excluindo os bofes que realmente possuem um carinho extra por você, tiveram um relacionamento sério e essa separação forçada deu uma forcinha extra para verem o quanto sentem sua falta.

Os Coronaboys são aqueles que cagaram pra você. Na primeira oportunidade e para uma saia mais jovem e mais bela, sumiram.

De onde surgiram?

Dos escombros, das tumbas da Internet. Num convite e um direct no Instagram, no Messenger, num número desconhecido do Whatsapp (se o meliante trocou de número). Com a tecnologia, é impossível não ser encontrada. O sapatinho de cristal é seu email e seu número telefônico.

E O MAIS IMPORTANTE MENINAS, POR QUE VOLTARAM?

Por um motivo apenas, meninas, e apenas um motivo: CARÊNCIA. Tão sozinhos, vulneráveis e cheios de hormônios em seus lares, sem poder ir de encontro aos seus contatinhos ou pior, dar um trato na namorada ocasional.

Não se engane com esses capetas: eles sim têm a cara de pau de reaparecer do nada e retomar a conversa. Eles lembram que você gosta de sorvete de baunilha, que estava aprendendo a tocar violão, que aquele encontro no bar da praia foi incrível.

Eles perguntam da tua vida. Eles perguntam como estão seus pais, suas irmãs, suas amigas, você, seu cachorro, seu papagaio.

Eles perguntam se você já se mudou, se começou a fazer aquelas aulas de russo, se voltou a fazer aulas de surf.

Daí , em menos de 3 conversas, o tom já muda. Já querem saber se tiveram saudades deles, se podem mandar umas fotinhos e vice versa.

Aprendam apenas uma coisa: tão mágico quanto a reaparição deles, será o sumiço com o fim do isolamento.

A luz do sol voltou a brilhar? Liberaram as porteiras? Até mais. Ou melhor, até nunca mais.

Bom, vão vir agora as metidas a liberais e modernosas (e olha que tenho muitas amigas assim) e vão dizer que bênção que vieram esses CoronaBoys, afinal só querem uma casquinha mesmo.

Mentirosas! São vocês que vão nos atormentar por horas e horas de desabafo e autoflagelo. E vamos ter que ouvir. Por 5 meses seguidos.

Para quem topa uma casquinha sem compromisso, uma troca de nudes sem medo que isso caia na rede e sem nenhum tipo de futuro, vai em frente. E não me conte.

Mas eu sei por experiência de 1000 garotas que não funcionamos como nossos garotos. A gente deseja um futuro sim. Uma continuidade. Não precisa ser um casamento, mas pelo menos mais uns encontrinhos.

E os Coronaboys sabem disso. E mesmo assim, vasculham toda sua carteira de contatinhos até encontrar as minas que vão satisfazê-los nesse período de pandemia e confinamento.

Bem, algumas irão me perguntar: e se o bofe realmente sentiu minha falta e depois de tanto tempo ainda se lembra de mim? Bem, teve que ter forças de uma pandemia, de uma tragédia mundial para ele mover seus dedinhos podres e te achar no meio virtual, não é mesmo?

Sabe aquele boy lixo que desapareceu do nada, depois de uns meses incríveis? Nem leia a mensagem dele. Se ler, não responda. Se responder, faça doce e descarte-o na primeira tentativa do manda nudes. A humanidade agradece. A minha esperança é que os boys lixos tenham que virar boys melhores porque não vai sobrar nada para eles.